O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (10/2). Por volta das 9h05, a moeda americana registrava avanço de 0,44%, cotada a R$ 5,81. Pouco depois, às 9h15, essa arrancada havia diminuído um pouco, chegando a 0,37%. Ainda assim, valorizando-se frente ao real.
Na sexta-feira (7/2), o dólar disparou, com elevação de 0,51%, a R$ 5,79, depois de ter atingido R$ 5,80 na máxima do dia. Com o resultado desse pregão, a moeda acumulou queda de 0,76% na semana e recuo de 6,26% no ano em relação ao real.
Na avaliação de analistas, o dólar tem sofrido fortes solavancos nos últimos pregões por causa das ameaças e decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas comerciais mais altas a diversos países. Nesta segunda, o mercado aguarda novas manifestações do republicano sobre o tema e isso está refletindo na cotação da divisa frente ao real e a outras moedas de diversas economias.
Nesta segunda-feira, o mercado repercute a notícia de que Trump deve anunciar uma sobretaxa de 25% para a importação de aço e alumínio. Se confirmada, a medida afetaria diretamente o mercado brasileiro.
Anúncio no domingo
O aumento dessas tarifas foi anunciado pelo próprio Trump no domingo (9/2), em entrevista a jornalistas no avião presidencial Air Force One. Hoje, os Estados Unidos importam cerca de 25% do aço e 50% do alumínio usados no país.
Em janeiro, os principais fornecedores de aço para o mercado americano foram o Canadá, seguido pelo Brasil, México, Coreia do Sul e Alemanha. O Canadá também é o maior exportador de alumínio para os EUA. Depois dele, vêm os Emirados Árabes Unidos.
No primeiro mandato (2017 a 2021), Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Na ocasião, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a taxação levaria ao desligamento de fornos e demissões. Trump, depois de anunciar a medida, concedeu cotas com isenções a países como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
Imagem:Getty Images